Aqui está um excerto do livro O Herdeiro de Oz de Gregory Maguire - que revisita a terra do Feiticeiro de Oz - que achei apropriado para a disciplina e para a matéria. Os fantásticos visitantes que não tenham Psicologia podem estar à vontade para ler na mesma, porque vale a pena, mais não seja as partes a negrito.
"Uma teoria sobre o carácter humano, não tanto desacreditada como simplesmente esquecida, afirmara outrora que as pessoas apenas se tornavam elas mesmas, até certo ponto, por meio das suas vidas. Despertavam, fossem elas afortunadas o suficiente para serem possuidoras de consciência, a fazer qualquer coisa que já sabiam como. (...) Ergo-me sobre os dedos dos pés na extremidade do dique para mergulhar no lago porque tenho calor e, embora isolado como um espécime na lâmina vítrea do Verão, as noções de calor e lago e eu convergem para uma consciência da consciência - num instante, entre o salto e o mergulho, mesmo antes de me projectar para o lago, quebrando ao mesmo tempo o meu reflexo e a minha antiga noção de mim mesmo.
(...)
Somos uma experiência em ética situacional preparada pelo Deus Inominado, que ao manter a sua identidade em segredo oculta também o âmbito da experiência e as nossas hipóteses de sucesso ou insucesso nela - e não há nada a fazer em relação a isso.
Somos sequências de conversões químicas agindo de forma conversa, um torcido de genes agindo de forma retorcida; somos mechas de perversões neuróticas agindo de forma perversa. E não há nada a fazer em relação a isso. E não há nada a fazer em relação a isso."
